Sampa 2021 Quatro meia sete e Viva São Paulo! Sampa! Quatrocentos e sessenta e sete anos, Bora lá Sampa! Ruas e avenidas intensas Viadutos sobrepõem nossas vidas Uma multidão a respirar, correr neste torpor Um cinza efervescente invade cada vez mais o ar Paralelamente ao solo sopra o calor Sampa terra desbravada em inconstância Fuligens escaldantes deprimem o acordar Explicação não há para tantos sentimentos Agora novos vírus determinam os movimentos O ar rarefeito desmaia a gente que não sabe mais por onde andar Sonho e pesadelo atravessam a pandemia Rotinas modificadas numa triste sintonia Olhares e colares para Dolores! Largo do Arouche, o Gato Que Ri está vazio Nossa realidade se parece com a desses atores Cidade e personagens se confundem Celulares movem a massa em cio Saladas gigantescas e coloridas na TV persistem Pânico latente, sapatos ausentes O que fazer São Paulo? Onde andará nosso Norte Quando passará tanta morte